Agora que você já sabe do que se trata esse tal de atendimento psicológico (caso tenha vindo direto aqui, recomendo olhar também o tópico “Psicoterapia para a pessoa idosa”, que explica sobre o atendimento psicológico – clique aqui), gostaria de te explicar uma outra modalidade de cuidado pouco conhecida: o atendimento psicológico domiciliar. Diferente das demais especialidades na área da saúde (fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, etc…), quando falamos nessa modalidade de atendimento dentro do contexto psicológico, existem algumas indicações exclusivas, sabia?
Bom, devido ao nome, tendemos a associar o “atendimento psicológico domiciliar” ao acompanhamento realizado somente no domicílio do paciente. Sim, essa é uma possibilidade de fato, uma vez que, quando o paciente encontra-se em internação domiciliar, é o profissional que deve locomover-se até o local para o atendimento. No entanto, esse tipo de acompanhamento também pode ser realizado em outros ambientes: quando você ou seu familiar encontra-se em uma instituição de longa permanência para idosos (as ILPI’s), em uma casa de repouso ou mesmo em um hospital ou hóspice, o psicólogo também pode ser contratado e irá até esse ambiente para realizar o atendimento ao paciente.
Nesse sentido, fica estabelecido que essa modalidade de atendimento deve ser realizada somente quando há uma impossibilidade momentânea ou permanente de o paciente locomover-se até o consultório do profissional*. Estas impossibilidades, por sua vez, podem estar relacionadas a fatores como:
Como brevemente mencionado acima, o psicólogo domiciliar pode ser acionado pelo próprio paciente, pela família ou até mesmo sugerido pela equipe de saúde que acompanha o paciente e o objetivo é o mesmo de qualquer atendimento psicológico: usufruir de um espaço de escuta e cuidado, que possibilite reflexões quanto ao momento vivenciado e melhores manejos nesses contextos.
Talvez tenha ficado uma dúvida: por que o psicólogo só realizará o acompanhamento psicológico domiciliar nesses contextos, diferentemente de outras especialidades da área da saúde? Vamos lá! Nós, psicólogos, entendemos que o paciente traz para o atendimento aquilo que lhe causa angústia ou sofrimento, sob a sua perspectiva e necessidade. Quando você adentra o ambiente que é daquela pessoa, outros aspectos podem ganhar atenção ou o próprio ambiente e/ou pessoas ali presentes, podem trazer informações indesejadas, dados que o paciente não escolheu revelar, interferindo no processo analítico.
Pensando que o acompanhamento psicológico deva ser um espaço que tenha sentido para você, o esperado seria você compartilhar o que é da sua vontade, no seu tempo (o que acontece no atendimento presencial ou on-line). Porém, como já descrito acima, existem limitações físicas e clínicas que impedem esses tipos de atendimento e, nesse sentido, o atendimento domiciliar torna-se uma forma possível e ética de oferecer a escuta às dores emocionais e cuidar daquilo que nos faz sofrer.
Por fim, também é imprescindível lembrar que, mesmo sendo realizado fora do consultório, o atendimento psicológico domiciliar garante a privacidade e o sigilo do paciente, seguindo todas as normas éticas existentes.
* com exceção do Acompanhante Terapêutico (AT) que implica em outras questões de trabalho.
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